segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A NATUREZA VIRÁ


A NATUREZA Vira
De: William Vicente Borges

Você gosta de Pássaros cantando?
Plantes entao As Arvores
E ELES virão Fazer Belos Ninhos.

Você gosta de mel fresquinho?
Entao cultivo hum jardim florido
E Como abelhas virão colher o néctar.

Você gosta de ver Peixes nadando.
Preserve Como Nascentes e limpë os Rios
E OS Peixes se multiplicarão.

Você gosta de Água limpida, mineral.
Preserve Como Fontes Ao Seu Redor
E Como Águas Claras virão e vivas.

Nao precisamos ir a Natureza.
QUANDO A preservamos
Ela Faz Questão de vir ATÉ NOS.

....







segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

QUANDO A BOCA NÃO FALA

QUANDO A BOCA NÃO FALA
De: William Vicente Borges

Quando a boca não fala
É por que o coração está vazio.

Quando a boca não fala:
Eu amo você!
É por que o amor acabou
E então outras palavras tomam o lugar.

Quando a boca não fala:
Eu te abençoo!
È por que a maldição
Tomou o lugar do coração endurecido.

Quando a boca não fala:
Eu te perdoo!
É por que o rancor
Já se tornou um câncer na alma ferida.

Quando a boca não fala nada.
Então tudo virou vácuo
Nada mais importa de verdade
E o silêncio então é grito.

Quando a boca não fala
É por que o coração ficou vazio.
A vida perdeu o sabor
E falar só aperta mais
O nó na garganta.

Então por mais estranho que possa parecer
Precisamos escutar mais o outro
Quando a sua  boca parar de falar.

....


quinta-feira, 6 de novembro de 2014

SARÇA ARDENTE

SARÇA ARDENTE
Por: William Vicente Borges

CANTO I
1
Há um fogo que arde na sarça.
Ela está na minha frente.
Eu tremo. A terra treme!
A sarça arde, mas não se queima.
Continua viva, continua verde,
continua sendo sarça.
2
Há um fogo que arde na sarça.
E meu coração é pequeno demais
para entender este fogo que não queima.
Esta sarça que arde e não se consome.
Esqueço quem sou quem eu fui,
esqueço de tudo, até de meu nome.
3
Há um fogo que arde na sarça.
O deserto está muito quente.
Mas o fogo, este é diferente.
Fogo sem combustível, mas ardente.
Não sei o que faço, se corro, ou fico,
mas não dá pra ficar indiferente.
4
Há um fogo que arde na sarça.
Nunca vi nada assim antes,
como isto pode acontecer?
Será miragem de sol escaldante?
Será que fiquei louco neste instante?
5
Há um fogo que arde na sarça.
Não consigo ver nada ao redor.
Só eu e esta sarça que arde.
O chão não pára de tremer.
Ou são minhas pernas que tremem.
Será aqui que vou morrer?
6
Há um fogo que arde na sarça.
Ouço o crepitar do verde que não queima.
Ouço o crepitar de meu coração batendo forte.
Meu peito também está ardendo.
Sabe que está diante de algo não natural.
Será isto do bem, ou do mal?
7
Há um fogo que arde na sarça.
Devo me aproximar, ou não?
Há algum perigo que a espera?
Não sinto o perigo, mas temo.
Sairei daqui, machucado? Ferido?
8
Há um fogo que arde na sarça.
Quem me trouxe aqui pra ver?
O acaso? O destino? Não sei.
Não acasos ou destinos, creio.
Há propósitos e caminhos,
há na minha mente muito receio.
9
Há um fogo que arde na sarça.
Minha vida, sempre sem pressa, espera.
Preciso aqui aguardar.
O que vem depois da espera?
Deveria ser outro neste lugar.
Não eu diante de estranho queimar.
10
Há um fogo que arde na sarça.
Não irei mais me preocupar.
Uma paz estranha invade minha alma.
Posso neste fogo confiar.
Quero ficar aqui afinal.
Não preciso realmente recuar.

CANTO II
11
Há um fogo que arde na sarça.
O tempo parece que parou.
Começo a pensar em muitas coisas.
Lembranças antigas de outro tempo.
Não sei por que penso nela aqui,
parece que encontrei o infinito.
12
Há um fogo que arde na sarça.
Lembro-me menino ouvindo histórias.
As histórias de um único Deus vivo.
Ouvi de um menino lançado num rio.
Que não foi almoço de crocodilos.
E se tornou um príncipe no Egito.
13
Há um fogo que arde na sarça.
O meu povo escravo naquele país.
Tantos anos longe da terra de seus pais.
Da terra dos antigos adoradores.
Terra que mana leite e mel.
Vivendo, hoje, todo tipo de horrores.
14
Há um fogo que arde na sarça.
As lembranças não param de vir.
De minha mãe ouvi tantas histórias sem fim.
Dos sonhos do jovem José, que sofreu,
que usava capa colorida,
e que em terra estranha venceu na vida.
15
Há um fogo que arde na sarça.
Que faz arder meu peito.
Tenho um povo, tenho uma missão?
Mas não volto mais de onde saí.
Estou velho, tenho medo, não sei falar.
Nada posso fazer nesta situação.
16
Há um fogo que arde na sarça.
Melhor eu parar de pensar.
Esta loucura tomou conta de mim.
Meus olhos doem, estou tonto aqui.
Não quero mais recordar tanto.
Não quero lembrar que fugi.
17
Há um fogo que arde na sarça.
Isso não faz o menor sentido.
Ou será que todo sentido faz?
Não parece haver caminho de volta,
Perdi o sentido de direção
Por quer arde tanto este coração?
18
Há um fogo que arde na sarça.
Quer confrontar minha identidade.
O que espera de mim?
Não respeita minha liberdade?
Como pode me afetar tanto
logo eu nesta minha idade.
19
Há um fogo que arde na sarça.
As lembranças, teimosas, vem e vão.
Objetivação ou subjetivação?
Sim, eu feri, eu matei, em vão.
Meus pecados queimam meu interior.
Não vou reviver mais esta dor.
20
Há um fogo que arde na sarça.
Não vou lutar com estas recordações.
Queria eu, não ter mais memória
Aqui fiz nova vida, estou muito feliz.
Tenho esposa, família, filhos.
Estou como sempre esperei e quis.

CANTO III
21
Há um fogo que arde na sarça.
Volto-me finalmente para o hoje.
Detenho-me diante deste instante.
Como a vida se me apresenta dura.
Mas nada muda o que observo
A sarça cujo fogo perdura.
22
Há um fogo que arde na sarça.
Numa desconhecida relação universal.
Neste dia de um tempo qualquer.
Quem sabe na história ficará.
Ou apenas na lembrança de um homem velho.
Definitivamente não sei o que será.
23
Há um fogo que arde na sarça.
Parece elaborar uma nova ordem.
Acabará com o caos da minha vida.
Sabe bem aonde quer chegar.
Irá iniciar uma jornada definida.
E nada vai lhe embaraçar.
24
Há um fogo que arde na sarça.
Não há como isto contestar.
Há saída para o sofrimento.
O mal não irá triunfar.
Há dia para o fim do tormento.
Heróis com ou sem medo irão lutar.
25
Há um fogo que arde na sarça.
Há belos hinos angelicais.
Há milagres sendo gerados.
Há ventos que sopram do norte.
Há uma obra metrificada.
Há cheiro de vida e de sorte.
26
Há um fogo que arde na sarça.
Há segredos que nele se escondem.
Há verdades que serão reveladas.
Estou perdendo a respiração.
O fogo não vai se apagar?
Não sinto mais nenhuma aflição.
27
Há um fogo que arde na sarça.
Algo que jamais irei esquecer.
Momentos que jamais passarão.
Parece sonho, mas é vulcão em erupção.
A sarça arde com grande poder.
Aumenta minha palpitação.
28
Há um fogo que arde na sarça.
Que beleza sem igual esta visão.
Que mais eu poderia ver depois disto?
O que me chamaria mais a atenção?
Nunca mais esquecerei tal dádiva.
Será minha maior recordação.
29
Há um fogo que arde na sarça.
E que grande ponto de interrogação.
Quantas perguntas me estrangulam.
Quão grande minha imperfeição.
De onde me virão respostas?
Quem me dará a solução?
30
Há um fogo que arde na sarça.
E ninguém segura minha mão.
Que profunda é esta situação.
Como roda minha mente.
Estou ficando sem forças.
Tenho que ficar alerta novamente.

CANTO IV
31
Há um fogo que arde na sarça.
O tempo vai passando sem passar.
Minhas pernas continuam bambas.
Há um silêncio difícil de explicar.
As respostas ainda não vêem.
E eu não paro de suar.
32
Há um fogo que arde na sarça.
Estou com os nervos à flor da pele.
Este lugar parece não existir.
Quero gritar, mas não consigo.
Como suportar este mistério?
Preciso que alguém fale comigo.
33
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz retumba no ar.
É perturbadora, forte, tensa.
Fico paralisado de pronto.
Meu coração reconhece o estrondo.
Minha emoção se torna imensa.
34
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz sem igual sai dela.
Uma voz que não confunde.
Não posso estar delirando.
Não é o calor do deserto
É a voz que estava esperando.
35
Há um fogo que arde na sarça.
Tudo está tremendo mais.
Eu tremo absurdamente.
Não haverá misericórdia?
Quantas coisas na minha mente.
O coração e a razão entram em discórdia.
36
Há um fogo que arde na sarça.
Não sou tão corajoso.
Algo então me acalma.
A voz entra no meu interior.
Sinto que ela me abraça.
Ela é expressão maior de amor.
37
Há um fogo que arde na sarça.
Voz que é igual a de muitas águas.
Que faz até o céu enrolar.
Simplesmente Toda Poderosa.
Voz que tudo transforma.
E ao mesmo tempo formosa.
38
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz que está a me chamar.
Quem fala me conhece bem.
Sabe tudo o que sinto.
Sabe o que penso se,
digo verdades ou minto.
39
Há um fogo que arde na sarça.
Ela não se consome nunca.
Dela vem a voz não natural.
Nada pertence a este mundo.
É tudo para mim estranho,
Tudo é muito profundo.
40
Há um fogo que arde na sarça.
Sei agora que alguém comigo.
Nesta voz que tudo estremece.
Mas sinto nela um amigo.
Estou mais descansado,
Aqui se tornou meu maior abrigo.

CANTO V
41
Há um fogo que arde na sarça.
Há um comando que dela vem.
Ouço em alto e bom som:
E eu obedeço de pronto
__ Tira as sandálias dos pés.
Este lugar é santo!
42
Há um fogo que arde na sarça.
Há foco também na voz.
Há fogo em cada ordem.
Não há como não obedecer.
É a verdade personificada.
Sou parte do seu querer.
43
Há um fogo que arde na sarça.
Tirei as sandálias empoeiradas
Meus pés sentem o chão santo.
Nada é como dantes era.
O passado, o presente, o futuro.
Não existem mais nesta esfera.
44
Há um fogo que arde na sarça.
Uma voz que se deixa ouvir.
Um solo de santificação.
Pés descalços então.
Um poder que sente no ar.
E quase pára meu coração.
45
Há um fogo que arde na sarça.
Ouço atentamente quem fala.
A voz que os antigos ouviram.
O sonho que se tornou real.
O poder que os antigos sentiram.
Neste tom e sobrenatural.
46
Há um fogo que arde na sarça.
Ele esteve comigo no rio.
Guiou meus débeis passos.
O que quer ainda comigo?
Logo aqui no meu sossego.
O que quer meu amigo?
47
Há um fogo que arde na sarça.
Esse fogo existe e não come.
Muita coisa para este finito ser.
Diminuto verme neste mundo.
Tão pobre quanto inútil.
Um simples pastor imundo.
48
Há um fogo que arde na sarça.
A voz continua a falar.
E eu a ouço forte e potente.
O chão treme, estou tremendo.
Um misto de emoções me surpreende.
Mas eu escuto e compreendo.
49
Há um fogo que arde na sarça.
Eu vejo, escuto e sinto.
A cada dito sou atingido.
Não posso sair daqui.
Estou preso fora do tempo.
Não há nem como fugir.
50
Há um fogo que arde na sarça.
Tudo isso é tão possível.
Àquele que fala; àquele que vive.
Nunca de mim se esqueceu.
Em todo tempo me preparou.
Mas porque logo eu/


CANTO VI
51
Há um fogo que arde na sarça.
Ele ouviu o clamor dos aflitos.
E eu aqui livre e contente.
Sem ouvir de todos os gritos.
E daí, se um dia fui valente.
Hoje sou sombra de velho mito.
52
Há um fogo que arde na sarça.
Eu digo que não quero ir.
Vendo o fogo, ouvindo a voz.
Mesmo assim me mostro covarde.
Mas ele transforma a mão e o cajado.
Fortes argumentos de sua parte.
53
Há um fogo que arde na sarça.
Eu não imaginaria jamais isso.
Ter agora este “chama-mento”.
Sair da paz deste meu momento.
Para buscar um povo que chora,
Por que ele viu o seu tormento.
54
Há um fogo que arde na sarça.
Não há como a ele dizer não.
Convence-me de forma plena!
Subjugou minha teimosia atroz.
E quando me indagarem quem és?
Dirás que “Eu Sou” enviou a vós.
55
Há um fogo que arde na sarça.
Uma jornada de volta vou enfrentar.
Um grande inimigo me espera.
Mas este amigo me acompanhará.
Não sei o que verei daqui em diante.
Mas o poder me acompanhará.
56
Há um fogo que arde na sarça.
E tudo se transforma novamente.
Com Ele é assim, não há discussão.
Nada do que pensamos, quase? Vale.
Planos? São todos em vão.
Mas é melhor repousar em sua mão.
57
Há um fogo que arde na sarça.
Jamais irei saber por que eu?
Diante de tantos outros mais fortes.
Logo a mim, fugitivo de outrora.
Um homem sem nome ou atrativos.
Completamente destituído de glória.
58
Há um fogo que arde na sarça.
Este fogo agora arde em meu coração.
Sigo em frente, cajado na mão.
A voz ressoando em meus ouvidos.
Caminho agora para minha missão.
Ouço como ele dos irmãos os gemidos.
59
Há um fogo que arde na sarça.
Fogo para consumir a escravidão.
Que faz tremer o pior opressor.
Ai dos que oprimem o povo do grande “Eu Sou”.
Ai daqueles que tocam em seus ungidos.
Pois é o povo que ele sempre amou.
60
Há um fogo que arde na sarça.
Olhando-os livres, e dançando após o mar.
Vendo os milagres que Ele realizou.
Vendo as mulheres sem correntes nos pés.
Ainda me ressoa a voz onipotente:
__ Agora vai! Moisés!
.................................

FAÇA UMA ORAÇÃO POR MIM HOJE

FAÇA UMA ORAÇÃO POR MIM HOJE
Por: William Vicente Borges 

Eu sei que há tanto o que fazer
Talvez você esteja com muitas ocupações
Mas preciso que pare um minuto
Agem assim bons corações 

Peço com humildade e contrição
Faça uma oração por mim hoje
a maior oração é o amar
e provará seu amor ao orar

Estou aflito e necessitado
Preciso tanto que Deus envie seus anjos
Com as respostas que preciso
Então por favor, ore por mim

Um minutinho que seja
As orações dos justos valem tanto
Eu sei, Deus atende, sempre
E sei que atende a você

Amanhã será um dia melhor
Obrigado pela atenção
O bom Senhor te recompense
Por me mencionar em oração

Oraste por mim, e não sei teu nome
Mas o Deus que te ouviu
Não esquecerá jamais
Que você fez uma oração por mim hoje.

OFERTA MISSONÁRIA

OFERTA MISSONÁRIA

Por: William Vicente Borges

Incansável, valente, lá vai o missionário...
Vai aonde ninguém se atreve a ir
Fica aonde ninguém quer ficar
Tem no coração o fogo de Deus
Este fogo arde, queima, impulsiona
Que o faz abrir mão da família
Que abre o buraco da saudade
Nada o detém, nada o abate
Deus os sustenta com seu poder
Em toda parte usa pessoas ungidas
Para manter seus pés formosos
Com ofertas e socorros bem vindos
Para os que ofertam é só dinheiro
Mas para missionário é pão
Para o missionário é tempo
Para o missionário é ação
Oferta missionária é carinho
Pela obra do Pai Celestial
Oferta missionária é certeza
De que não triunfará o mal
E assim o missionário continua
Indo a frente, levando o bem
Sua vida é só amor
Grato por poder ir além

Você tem um amigo

Você tem um amigo
Por William Vicente Borges

Você tem um amigo
Que tem peito
Para dizer que é teu amigo.

Você tem um amigo
Que tem jeito
Para te dar a mão como amigo.

Você tem um amigo
Que tem tempo
Para a tanto tempo ser teu amigo.

Você tem um amigo
Que tem coragem
De te defender como amigo.

Você tem um amigo
Que tem alegria
De tê-lo como amigo.

Você tem um amigo
Que é grato a Deus todo dia
Por você me chamar de amigo.

Você tem um amigo.

.........


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O QUE OS OUTROS PENSAM

O QUE OS OUTROS PENSAM
De: William Vicente Borges

Mas desde quando e que o que os outros pensam sobre mim é problema meu?
Nunca foi,
Não é,
E jamais será!

O problema é de quem pensa.
Ou será que pensa?
Ou será que importa?
Ou será que ama?
Ou será?

E senão pensa... Não tem moral para julgar.
E se não importa... não tem moral para falar.
E se não ama. Não tem moral para nada.
Ou será... Que a minha vida incomoda?

Incomoda o meu modo de falar?
Incomoda o meu modo de agir?
Incomoda o meu modo de pensar?

Então se muda incomodado.
Procure seus pares nos
Charcos da insignificância.

Tenho mais o que fazer.
Tenho mais a conquistar.
Tenho outros que amam,
Pensam e se importam.

O que você pensa de mim
É um problema só seu
Então não se incomode
Em me contar.  

...

sexta-feira, 18 de julho de 2014

PARA SEMPRE ENAMORADA

PARA SEMPRE ENAMORADA
(Um poema de William Vicente Borges)


      Ela me disse que está
      para sempre enamorada
      e me disse com tanta verdade
      que me apaixonei também
      e também para sempre
      Então o que mais resta
      Senão
      os beijos para sempre
      os sonhos para sempre
      para sempre a paixão
      Ela me disse que está
      para sempre enamorada
      e me disse com tanta ternura
      que me derramei de amores
      como se tudo para sempre dura
      Então o que mais resta
      Senão
      Acreditar na loucura
      De dois amantes enamorados
      Que mergulharam para sempre
      Nesta idéia fixa de se apaixonar…
      Para sempre.



terça-feira, 15 de julho de 2014

AVENIDA DA SAUDADE

AVENIDA DA SAUDADE
De: William Vicente Borges

Pirotecnizando a avenida da saudade
Que de tão atroz é tão saudade
Que de tão infinita, Nunca acaba.
Avenida com ladeiras íngremes onde
Cada passo revela mais do que esconde.
Apercebo-me que vou definhando como
Lenha na fogueira das festas medievas.

Como não me dei conta dos contos
Que não escrevi no coração
Mas que foram impressos pela prensa
Dos momentos que achei bem vividos
Mas que na verdade eram mal entendidos
E quem me dera poder não me arrepender agora.

 Esta avenida me arrepia a cada passo
Não quero que me sigam pensamentos
Que a muito foram banidos de uma alma
Ferida e que agora vejo mal curada.
O presente passa por mim e parece
Não me acompanhar, anda em descompasso.
Mas não vou me atrasar para vida,
De jeito nenhum.

E neste show de visões e revelações
Da mente sã e do coração teimoso
Caminho, sem correr. Agora não posso mais.
E os que andam ao meu lado parecem
Ver-me em câmera lenta. Mas não.
Sou Apenas caminhante pensante seguindo
Em frente sem querer chorar mais. E não vou.

A avenida tem fim sim. Agora vejo. Não a saudade.
Ela cresce com o revoar do pássaro azul
Que acompanha a jornada sem cantar
Apenas observa aonde tudo vai parar.
Mas eu já sei. Tudo está escrito no livro.
Quem me deu o primeiro empurrão
Na avenida sabe até aonde irá me levar.

Então saudade vem comigo. Sem problemas.
Sou eu que te faço companhia. Sou eu que
Na verdade dito a passada e não você.
Sou eu que domino sobre ti. Atribulada!
Meus sorrisos continuam minha alegria
De caminhar é maior que seu desdém.

Então. Contente-se em me ver feliz.

terça-feira, 1 de julho de 2014

RECEITA DE MACARRÃO

RECEITA DE MACARRÃO

Por: William Vicente Borges

MACARRÃO A LA POETA WILL

Ingredientes:

Macarrão
alho
curry
peito de frango
molho de tomate
creme de leite
azeite
paciência
amor
poesia
Duas taças de vinho



Modo de preparo:
Coloque água pra ferver. Ferveu?
Adicione o macarrão e fique de olho pra ficar
al dente.
É só ir testando com a colher
cuidado para não queimar
a língua. Se queimar
não vai poder recitar poesia
por uns dois dias.
O Macarrão tá legal? 
Jogue no escorredor.
Isso aí, estamos indo bem,
até agora.
Enquanto isso corte o peito
de frango em cubinhos bem lindinhos
numa outra panela
Coloque o azeite a gosto
e não a desgosto
Não esqueça de ligar o fogo.
Isso até não parece mais é essencial.
jogue os cubinhos do peito
de frango bem lindinhos
no azeite aquecido.
Coloque o alho com sal a gosto
acrescente o molho de tomate e
o curry
depois estar bem quente
coloque o creme de leite.
Vai ficar com uma cor rosê
aquela cor de algumas rosas
que não são muito vermelhas entende?

Vai mexendo até os cubinhos de
frango lindinhos estiverem cozidos.
Hum! já posso sentir o cheirinho.
Coloque o macarrão naquela
travessa especial que foi da vovó
se não tiver usa a que foi da mamãe
não? usa a sua mesmo. Não tem?
Tá legal usa uma panela maior mesmo,
serve.
Jogue o molho quentinho por cima
e coma a vontade.
Deixa a dieta para depois
Faltou os ingredientes principais?
paciência
amor
poesia
E as duas taças de vinho
Nada disso
O amor você acrescentou no processo
A paciência demonstrou até o final
A poesia está em viver o momento.
As duas taças de vinho é para
brindarmos agora.
Tim!Tim!
Essa receita é minha mesmo
pode fazer que dá certo.
Depois me fala.

...................
Outono de 2009
WILLIAM VICENTE BORGES
04/06/2009

quarta-feira, 11 de junho de 2014

FOMOS FEITOS UM PARA O OUTRO

FOMOS FEITOS UM PARA O OUTRO

Por: William Vicente Borges
 
Fomos feitos um para o outro.
É  como se fossemos
as metades de um
coração partido
que se reencontrou
e se encaixou.
Eu nunca mais vou amar ninguém
pois não há ninguém para amar
pois só você é tudo pra mim.
 
Fomos feitos um para o outro.
Não dá pra eu correr disso.
O amor que eu preciso 
nasce e morre em você.
Teus  afetos são a seiva 
que dão sentido a minha existência.
Viver longe de você seria o mesmo
que imaginar um céu sem estrelas.
 
Fomos feitos um para o outro.
Com certeza, não há
o que eu possa mais
 querer nesta vida.
 
Correremos pelos campos.
Banharemos-nos no lago.
Colheremos flores. 
E no fim diremos
sorridentes um para outro: 
Fomos feitos um para o outro!

www

WWW
De: William Vicente Borges

Internet
Interprete
Internado

www
mundo
rede

Juntos
separados
desesperados

Internet
Inter
nado

neste
mundo
aloprado

terça-feira, 10 de junho de 2014

ELEIÇÕES

ELEIÇÕES
De: William Vicente Borges

Querem votar em Dilma
Querem votar em Aécio
Querem votar Eduardo
Querem votar em Marina?

Há uma realidade
rítimo intenso
sociadade massacrada
pobre
triste.

Querem votar?
Não.
querem sobreviver
mesmo que isso
seja necessário
votar.

Patidos
PSDB
PT
PSOL
PSB
E daí.

Queremos Pão.
Dignidade.
Emprego
Liberdade.

Que Deus ajude
a nossa Nação.



sábado, 31 de maio de 2014

SEGURO TUAS MÃOS


SEGURO TUAS MÃOS

EU SEGURO TUAS MÃOS TÃO FORTE
NÃO POSSO MAIS SOLTÁ-LAS.
ESTOU CANSADO DE TANTO CHORAR.
QUERO E PRECISO SER FELIZ.

POR FAVOR, NÃO SOLTE MINHAS MÃOS
NÃO ME DEIXE CAIR NO CHÃO.
PRECISO MUITO DA TUA FORÇA,
PRECISO MUITO DA TUA PROTEÇÃO.

ANDEI TÃO SEM RUMO ATÉ TE ENCONTRAR,
ANDEI PELOS ATALHOS DA DESILUSÃO
ME VI PERDIDO NA CONTRA MÃO DA VIDA
NÃO QUERO MAIS ERRAR O CAMINHO.

AGARRA-ME COM TUAS MÃOS FORTES
PARA NUNCA MAIS LARGAR.
CHEGA DE VIVER MENTIRAS DISTANTE DE TI
QUERO E SEMPRE VOU TE ACOMPANHAR.

A ETERNIDADE SERÁ POUCO TEMPO.
PARA TE SER GRATO COMO QUERO.
POR FAVOR, SEGURE FORTE MINHAS MÃOS
E ME LEVE PELAS ESTRADAS DO AMAR.



William Vicente Borges

 verão 2006

NOSSO JARDIM


NOSSO JARDIM

De: William Vicente Borges

Eu já plantei as flores do jardim na nossa casa, já pintei as portas antigas e concertei a torneira da cozinha, já está tudo quase pronto para a celebração do nosso amor e no nosso quarto há um jarro todo especial para as rosas que te colherei. Na varanda a rede de espreguiçar já nos espera para os dias de repouso  merecido. Não vejo a hora de poder estar com você para sempre, afinal cada dia longe do seu amor e menos um dia para ser feliz.
Eu já plantei as flores do jardim na nossa casa, e não paro de pensar um minuto nos dias em andaremos por ele, observando os beija-flores deslumbrados a visitar a cada flor sugando o seu néctar de vida e levando seu carinho. Já me imagino fazendo um verso e colhendo um rosa pra você, abaixando-me e cheirando a rosa e depois a colhendo, isto sem falar na margarida que prenderei em seus lindos cabelos.
Eu já plantei as flores do jardim na nossa casa, elas não demorarão a crescer, já pedi isso a elas, pois quero que elas vejam logo o grande amor da minha vida e sintam inveja. Inveja da brancura do seu sorriso, inveja da sua beleza e do seu cheiro. Que elas cresçam logo, pois as quero reverenciando cada passo seu, quero que elas gritem para mim: __ Ela é linda, poeta!
Eu já plantei as flores do jardim na nossa casa, ele será lindo uma pintura realista da grandeza da vida, onde eu terei o prazer de ver você caminhar, contemplar e saber, que tudo foi feito pensando em você, pensando em arrancar um sorriso do seu rosto, pensando em lhe dar todos os dias, a suavidade das coisas mais especiais, para que a alegria de viver seja tão notória que nem note que existem outras coisas lá fora sempre querendo nos sufocar. Todas as flores lhe dirão: __Ele te ama.
Eu já plantei as flores do jardim na nossa casa, e no meio tem um caminho feito de pedras azuis para contrastar com o céu que sempre estará limpo para você. Nosso jardim é grande, passaremos o dia todo caminhando nele e ainda assim não terminaremos de ir a todas a flores, lá não haverá lugar para lágrimas só para risos, lá entre o nascer e o pôr do sol só haverá alegria, paz, contentamento, Lá não nos perturbaremos com as pessoas falsas e hipócritas que teimam em entrar nas nossas vidas, onde o egoísmo delas é a única razão de ser e existir.
Eu já plantei as flores do jardim na nossa casa, em cada momento em que estive neste doce labor só me lembrava do quanto você é o grande amor da minha vida, só me lembrava entre cada gota de suor que caía que um dia estaria ali com você, e isto me dava mais forças para continuar, às vezes me cortava e gotas do meu sangue caíam sobre a terra e elas me faziam lembrar-se do rubor do teu rosto quando eu declamava meus mais lindos poemas pra você, e com certeza já me reportava para o primeiro dia em que a veria neste jardim declamando para ti este poema e olhando finalmente para seus olhos e desta vez para sempre.

Eu já plantei as flores do jardim na nossa casa, onde trocaremos juras de amor sem fim, eu e você, amor e paixão, graça e força, sonho e fantasia, vida e esperança, outono e folhas, primavera e flores, eu junto a ti neste lugar feito só para nós dois, sem estranhos, sem visitas, sem nada, com você sempre junto a mim, mãos dadas e corações apaixonados ao lado das flores  que plantei no jardim da nossa casa.

domingo, 25 de maio de 2014

Mais leve


Mais leve
De: William Vicente Borges

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Joguei todos os rancores fora.
Parei de ligar para o que os outros pensam.
Tomei a liberdade de sorrir novamente.
Perdoei os insensatos que me feriram.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Parei de reclamar das faltas.
Passei a ser grato pelos pequenos  ganhos.
Comecei a prestar a atenção em quem merece.
Resolvi ser mais amigo e fazer novos amigos.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Aprendi a valorizar quem me ama.
Selecionei minhas memórias.
Desativei a desconfiança.
Comecei a sonhar novamente.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Parei de tentar resolver o impossível.
Comecei a me amar como sou.
Decidi caminhar na direção de Deus.
Voltei a cuidar do jardim.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Cansei de gastar minha vida com culpas.
Chega de chorar até as lágrimas secarem.
Compreendi que tudo muda o tempo todo.
E que posso ser feliz, se eu quiser.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Resolvi aceitar as circunstâncias.
Resolvi ir em frente sem olhar para trás.
Resolvi alimentar minha alma com o bem.
Resolvi andar pela fé.

Mais leve


Mais leve
De: William Vicente Borges

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Joguei todos os rancores fora.
Parei de ligar para o que os outros pensam.
Tomei a liberdade de sorrir novamente.
Perdoei os insensatos que me feriram.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Parei de reclamar das faltas.
Passei a ser grato pelos pequenos  ganhos.
Comecei a prestar a atenção em quem merece.
Resolvi ser mais amigo e fazer novos amigos.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Aprendi a valorizar quem me ama.
Selecionei minhas memórias.
Desativei a desconfiança.
Comecei a sonhar novamente.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Parei de tentar resolver o impossível.
Comecei a me amar como sou.
Decidi caminhar na direção de Deus.
Voltei a cuidar do jardim.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Cansei de gastar minha vida com culpas.
Chega de chorar até as lágrimas secarem.
Compreendi que tudo muda o tempo todo.
E que posso ser feliz, se eu quiser.

Hoje resolvi tornar minha vida mais leve.

Resolvi aceitar as circunstâncias.
Resolvi ir em frente sem olhar para trás.
Resolvi alimentar minha alma com o bem.
Resolvi andar pela fé.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Pastorear


Pastorear
Por: William Vicente Borges

Pastorear é se consagrar
Mas só consagrados
Devem pastorear

Pastorear é chorar
E é em lágrimas
Que se recebe o chamado

Pastorear é sorrir
Pois é sorrindo
Que se consegue pastorear

Pastorear é proteger
Crendo que do céu
Vem a sua proteção

Pastorear é guiar
Mesmo que muitos
Queiram extraviar

Pastorear é buscar
A ovelha perdida
Onde ela está

Pastorear é sofrer
Sem ter o direito
De reclamar

Pastorear é missão
Muita árdua
NÃO DÁ PARA EXPLICAR

Pastorear é uma arte
Um dom sem igual
Que não se pode ensinar

Pastorear é tarefa para “uns”
Não é obra de todos
Não é para qualquer um.

Pastorear é ser chamado
E não um título
A ser reverenciado.

Pastorear é ser obediente
Contando com Deus

Com seu amor e cuidado.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

ERROR IN CORPORE

ERROR IN CORPORE

Ao invés de trigo cresceu joio.
Em lugar de Raquel, recebi Leia.
Comprei pão, entregaram pedra.
Na minha mesa a comida veio fria.

Os advogados me defenderam com
Discursos inflamados e veementes.

E o Juiz com grande sapiência decretou a sentença:

-E por você ter nascido, culpado és!

Os advogados pasmaram.
E eu simplesmente ouvi a decretação da pena.

Disse o Meritíssimo:

-Viverás até a morte!

Final de outono


Final de outono
De: William Vicente Borges


O vento frio que inunda meu quarto solitário
anuncia o fim deste outono.
As últimas folhas se esparramam pelo chão
assim como minhas lágrimas.
 
Desterrado em meus pensamentos
embrulho-me na esperança
de um calor improvável.
 
Meu destino parece óbvio
mas eu não me rendo a ele pois milagres
acontecem quando por ele esperamos
e eu espero.
 
Espero que o inverno se torne verão.
Espero que o calor da vida me envolva
Espero pelo inesperado sorriso
que vem do alto e que muda tudo.
 
O que seria da vida sem a fé?
O que é uma pessoa sem esperança.
Eu acredito no amor e em amar.
 
Aquele que me sustentou enquanto as folhas caíam
irá fazer com que eu sobreviva a este inverno,
ao frio dos corações endurecidos. 
 
E se o frio se tornar mais intenso
e eu ver minhas lágrimas congelarem ainda
em minha face, mesmo assim confiarei.
 
O vento frio que inunda meu quarto solitário
anuncia que o inverno vem.
Tempo oportuno para os milagres acontecerem.
 
Deus me cobrirá com seu cobertor de amor
então todos verão que ele ainda me ama.
Que Ele sempre me amou.