sexta-feira, 18 de julho de 2014

PARA SEMPRE ENAMORADA

PARA SEMPRE ENAMORADA
(Um poema de William Vicente Borges)


      Ela me disse que está
      para sempre enamorada
      e me disse com tanta verdade
      que me apaixonei também
      e também para sempre
      Então o que mais resta
      Senão
      os beijos para sempre
      os sonhos para sempre
      para sempre a paixão
      Ela me disse que está
      para sempre enamorada
      e me disse com tanta ternura
      que me derramei de amores
      como se tudo para sempre dura
      Então o que mais resta
      Senão
      Acreditar na loucura
      De dois amantes enamorados
      Que mergulharam para sempre
      Nesta idéia fixa de se apaixonar…
      Para sempre.



terça-feira, 15 de julho de 2014

AVENIDA DA SAUDADE

AVENIDA DA SAUDADE
De: William Vicente Borges

Pirotecnizando a avenida da saudade
Que de tão atroz é tão saudade
Que de tão infinita, Nunca acaba.
Avenida com ladeiras íngremes onde
Cada passo revela mais do que esconde.
Apercebo-me que vou definhando como
Lenha na fogueira das festas medievas.

Como não me dei conta dos contos
Que não escrevi no coração
Mas que foram impressos pela prensa
Dos momentos que achei bem vividos
Mas que na verdade eram mal entendidos
E quem me dera poder não me arrepender agora.

 Esta avenida me arrepia a cada passo
Não quero que me sigam pensamentos
Que a muito foram banidos de uma alma
Ferida e que agora vejo mal curada.
O presente passa por mim e parece
Não me acompanhar, anda em descompasso.
Mas não vou me atrasar para vida,
De jeito nenhum.

E neste show de visões e revelações
Da mente sã e do coração teimoso
Caminho, sem correr. Agora não posso mais.
E os que andam ao meu lado parecem
Ver-me em câmera lenta. Mas não.
Sou Apenas caminhante pensante seguindo
Em frente sem querer chorar mais. E não vou.

A avenida tem fim sim. Agora vejo. Não a saudade.
Ela cresce com o revoar do pássaro azul
Que acompanha a jornada sem cantar
Apenas observa aonde tudo vai parar.
Mas eu já sei. Tudo está escrito no livro.
Quem me deu o primeiro empurrão
Na avenida sabe até aonde irá me levar.

Então saudade vem comigo. Sem problemas.
Sou eu que te faço companhia. Sou eu que
Na verdade dito a passada e não você.
Sou eu que domino sobre ti. Atribulada!
Meus sorrisos continuam minha alegria
De caminhar é maior que seu desdém.

Então. Contente-se em me ver feliz.

terça-feira, 1 de julho de 2014

RECEITA DE MACARRÃO

RECEITA DE MACARRÃO

Por: William Vicente Borges

MACARRÃO A LA POETA WILL

Ingredientes:

Macarrão
alho
curry
peito de frango
molho de tomate
creme de leite
azeite
paciência
amor
poesia
Duas taças de vinho



Modo de preparo:
Coloque água pra ferver. Ferveu?
Adicione o macarrão e fique de olho pra ficar
al dente.
É só ir testando com a colher
cuidado para não queimar
a língua. Se queimar
não vai poder recitar poesia
por uns dois dias.
O Macarrão tá legal? 
Jogue no escorredor.
Isso aí, estamos indo bem,
até agora.
Enquanto isso corte o peito
de frango em cubinhos bem lindinhos
numa outra panela
Coloque o azeite a gosto
e não a desgosto
Não esqueça de ligar o fogo.
Isso até não parece mais é essencial.
jogue os cubinhos do peito
de frango bem lindinhos
no azeite aquecido.
Coloque o alho com sal a gosto
acrescente o molho de tomate e
o curry
depois estar bem quente
coloque o creme de leite.
Vai ficar com uma cor rosê
aquela cor de algumas rosas
que não são muito vermelhas entende?

Vai mexendo até os cubinhos de
frango lindinhos estiverem cozidos.
Hum! já posso sentir o cheirinho.
Coloque o macarrão naquela
travessa especial que foi da vovó
se não tiver usa a que foi da mamãe
não? usa a sua mesmo. Não tem?
Tá legal usa uma panela maior mesmo,
serve.
Jogue o molho quentinho por cima
e coma a vontade.
Deixa a dieta para depois
Faltou os ingredientes principais?
paciência
amor
poesia
E as duas taças de vinho
Nada disso
O amor você acrescentou no processo
A paciência demonstrou até o final
A poesia está em viver o momento.
As duas taças de vinho é para
brindarmos agora.
Tim!Tim!
Essa receita é minha mesmo
pode fazer que dá certo.
Depois me fala.

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Outono de 2009
WILLIAM VICENTE BORGES
04/06/2009